«Estes textos são apenas ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.»

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

PENA O NOSSO AMOR TER SIDO UM “AMOR PASSAGEIRO”


 

Conhecemo-nos numa tarde como a de hoje.

Fria e seca.

Seguíamos o mesmo caminho.

Sem nos conhecermos.

Entramos ao mesmo tempo no restaurante cujo empregado nos ofereceu duas mesas voltadas para o mar.

Ficamos em mesas separadas mas voltados um para o outro.

Pedimos o mesmo pitéu.

A mesma bebida.

E quando demos por isso estávamos os dois a rirmos um do outro e a meter conversa pelas coincidências.

No fim do repasto fomos passear pelo “Paredão”.

Conversamos tanto que até nos pareceu conhecermos há tanto tempo.

Combinamos passar a noite na “discoteca” aquela que fica voltada para o "Cais dos Pescadores” mas antes iriamos jantar ao “Caetano”, o que fica lá no “Sítio” bem próximo do “nosso” elevador.

Já a noite era “começo de dia” quando me perguntaste se queria passar o resto da noite no teu apartamento.

Nunca me esquecerei do nosso primeiro beijo.

Como nos contorcemos.

Uma loucura.

Nascia o Sol e nós a fazermos amor em cima do tapete que serviu de cama enquanto estávamos um no outro.

Apenas ouvíamos o estalido da lenha a arder na lareira.

Silenciosamente os nossos corpos subiam e desciam para nos dar prazer.

Como gostava da tua forma de fazer amor comigo,

De sentir o teu corpo ondulante esfregando-se no meu.

Durante algum tempo amámo-nos como só dois amantes sabem amar.

Quando compramos a nossa vivenda no “Sitio” mal abríamos  os estores da sala o SOL entrava como se nós fossemos o mundo.

Tão bom quando fazíamos amor em cima da carpete com o Sol a aquecer os nossos corpos.

E quando te sentavas em cima de mim para me sentires todo em ti?

Eras louca na cama.

Tenho saudades de ti e dos nossos momentos.

Pena ter sido apenas um “AMOR PASSAGEIRO”.

«acMMXXI»




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