Conhecemo-nos numa tarde como a de hoje.
Fria e seca.
Seguíamos o mesmo caminho.
Sem nos conhecermos.
Entramos ao mesmo tempo no restaurante cujo empregado nos
ofereceu duas mesas voltadas para o mar.
Ficamos em mesas separadas mas voltados um para o outro.
Pedimos o mesmo pitéu.
A mesma bebida.
E quando demos por isso estávamos os dois a rirmos um do
outro e a meter conversa pelas coincidências.
No fim do repasto fomos passear pelo “Paredão”.
Conversamos tanto que até nos pareceu conhecermos há tanto tempo.
Combinamos passar a noite na “discoteca” aquela que fica
voltada para o "Cais dos Pescadores” mas antes iriamos jantar ao “Caetano”, o
que fica lá no “Sítio” bem próximo do “nosso” elevador.
Já a noite era “começo de dia” quando me perguntaste se queria
passar o resto da noite no teu apartamento.
Nunca me esquecerei do nosso primeiro beijo.
Como nos contorcemos.
Uma loucura.
Nascia o Sol e nós a fazermos amor em cima do tapete que
serviu de cama enquanto estávamos um no outro.
Apenas ouvíamos o estalido da lenha a arder na lareira.
Silenciosamente os nossos corpos subiam e desciam para nos
dar prazer.
Como gostava da tua forma de fazer amor comigo,
De sentir o teu corpo ondulante esfregando-se no meu.
Durante algum tempo amámo-nos como só dois amantes sabem amar.
Quando compramos a nossa vivenda no “Sitio” mal abríamos os estores da sala o SOL entrava como se nós
fossemos o mundo.
Tão bom quando fazíamos amor em cima da carpete com o Sol a
aquecer os nossos corpos.
E quando te sentavas em cima de mim para me sentires todo em
ti?
Eras louca na cama.
Tenho saudades de ti e dos nossos momentos.
Pena ter sido apenas um “AMOR PASSAGEIRO”.
«acMMXXI»
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