«Estes textos são apenas ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.»

terça-feira, 29 de setembro de 2020

O Jardim do André

 


Um corpo de homem mas com uma cabeça de criança. Adora sentar-se na relva do jardim conversando com as crianças como se uma criança fosse. Esquece-se que tem vinte anos enquanto os outros andam pelos dez. Mandrião mas bonacheirão. Quando me sento no banco do jardim vendo as crianças pulando e gritando para ao mesmo tempo inventarem brincadeiras esquisitas, muitas vezes sem querer ouço as suas conversas.

De todos, um se destaca. Aquele que quer ser criança mas já é homem. Observo-o sem se aperceber. Nada de especial tem mas impressiona-me a sua fisionomia. As suas imensas gargalhadas fazem mais barulho do que trovões no Inverno, as suas conversas são adulteradas com dizeres sem nexo. Diálogos que acabam por afastar quem lhe tem respeito, não pelo que diz, mas pelo seu corpo.

Intriga-me a sua maneira de ser. Penso que dissimula, sem querer ou sem saber, qualquer coisa. Uma pureza que me emociona. Ri com os olhos para num milésimo de segundo mostrar amargura e rancor, noutro tanto tempo, correm-lhe pela cara, grossas lágrimas. Tantas que as crianças andam sempre a perguntar-lhe «porque choras?» Não sabe responder nem explicar. A sua vida deve ser feita de contrariedades ou de algo estranho, porque de tão crescido ser, é um enigma.

Porque os seus pequenos amigos já o abandonaram por causa das suas conversas não fazerem sentido ou por não acreditarem nele, fica sozinho no terreno, que até há bem pouco tempo estava cheio de petizes. Senta-se na relva com os joelhos dobrados e com a cabeça no meio das pernas olhando para a verdura que debaixo dele está. Esgravata as pequenas folhas, como se nelas estivesse a ler alguma página de um livro qualquer. Deixa a sensação que na terra está escondido um qualquer cofre que por mais que procure não o consegue encontrar. Talvez pensando naquilo que nem ele próprio sabe explicar. Bem dentro de si, o enredo do pensamento e as personagens devem fazer parte da sua mente vazia. Por mais que queira não encontra o caminho ou o sentido.

Então, levanta-se e de seguida caminha pelo chão que lhe amacia os pés, metendo as mãos no bolso. Caminha, dando pontapés na relva como sendo esta culpada das suas agonias. Cabisbaixo e aos safanões vai dando sinais se o mal está nele ou do que faz parte dele.

São nestes momentos que concluo que algo não deixa ver o mundo que lhe pertence ou que não o deixa compreender aquilo que ele próprio não sabe. Nunca o vi acompanhado de verdadeiros adultos como nunca percebi o sentido da sua vida. Sempre o vi sozinho com a sua cara rechonchuda como o vejo diariamente enquanto espera por quem lhe faça companhia. Tenho a sensação que procura qualquer coisa na vida mas  nunca conseguirá encontrar. Às vezes até parece que anda perdido no meio da floresta onde nem os pássaros lhe querem fazer companhia. Quando se encosta às redes que protege o espaço desportivo, olha para o cimo das mesmas. Com as suas enormes mãos faz gestos de querer subir uma imaginável árvore que o levará ao seu refúgio.

Desperta quando vê as crianças que vem brincar, perguntando a si próprio se aceitarão, a sua presença porque outras não têm para brincar. Logo formado os grupos do costume, André, mais não é do que um rapaz com corpo de homem mas com cabeça de criança. Faz tudo para agradar mas pouco lhe ligam – não inspira confiança a quem julga ser como ele.

Nos fins das tardes, quando o jardim começa a ficar despovoado, desvia-se para a rua íngreme, paralela ao espaço infantil, para começar a subi-la. Sem pressa e sem qualquer preocupação, enquanto sobe o caminho, faz na delonga o arrastar dos seus sapatos que mais parece querer arrancar as pedras da calçada. Várias vezes segui o seu percurso para ver onde morava ou para vê-lo entrar para na sua casa. Depois formaria o meu pensamento dos porquês das suas razões e atitudes. Mas desisti, porque no fim do cimo da rua, entra no arvoredo, seguindo um caminho que no meio deste passa,  de tão cerrado ser, perco-o de vista, ficando eu,  sem qualquer sinal do lugar onde se recolhe ou de quem o acolhe. Esfuma-se esguiamente pelo meio dos imensos troncos - a não ser que saiba que lhe sigo os passos.

Nunca vi ninguém procurando-o ou chamando por ele. Depreendo que será tratado por alguém, porque o seu aspecto demonstra que não deve ser criado apenas com pão e água como a sua roupa não é de maltrapilho.

Quando regresso, penso como será a vida dele e se a razão das suas atitudes não será pelo pouco desamparo que lhe dão. Algures, alguém deve cuidar dele.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

As Noites de Inverno

 



As noites de Inverno fazem-me  nostalgia. Lembro-me que na minha juventude era uma pessoa adaptável, bem capaz de me dobrar como um salgueiro ao vento quando fosse necessário. Hoje, o presente apenas reflecte as atribulações de um   passado para  descobrir  que os anos voaram e os dias continuam a serem intermináveis. Este encontro leva-me a viver obcecado  com o que já passou  para ao mesmo tempo continuar a  perder um pouco, sem saber como, daquilo que possa estar à minha frente. O homem é talvez o único ser cuja essência é não ter essência nenhuma.

Mais do que nunca, apenas a inspiração me dá forças para  amar a vida. Faz com que os  dias se sucedam mas que não se repitam. Precisamos de saber distinguir o que é passageiro do que é definitivo. Tenho que saber escolher. Nisto, reside a minha força e o poder das decisões que tenho que tomar no dia a dia. Para quem gosta da vida como eu, é normal sentir medo nos momentos certos, e nada para decidir como as noites frias do Inverno. É esta  estação que me faz agasalhar para depois meditar e obter forças a fim de fazer algumas   coisas que fiquem cá porque serão estas que recordarão a minha passagem. Foi num dia desta estação que me recordei de tempos que já não voltam mas que são  lembrados frequentemente.

Conhecendo-nos um ao outro como nos conhecíamos era para mim como o irmão que nunca tive e que tanto gostava de ter. Desde a escola primária que os nossos dias eram passados juntos, ora nas aulas ora na casa de cada um, para acabarmos os  dias na brincadeira.

No Santo António, logo que saímos da escola, íamos para sua casa. Aparelhávamos o velho burro à carroça para  seguirmos  viagem para o sobreiral procurar rosmaninho. Cortávamos o mesmo com uma velha  faca para de seguida ser colocado num pequeno monte para quando atingisse a altura que considerássemos suficiente fosse acomodado em cima da carroça.  quando chegávamos com a carga era logo  descarregado no meio do quintal. Novamente colocado num pequeno monte era logo todo molhado para que estivesse fresco para a noite da folia. Um quintal de terra que todos os dias era varrido pela mãe.

Uma santa mulher e uma óptima dona de casa que não queria que nos faltasse nada. Mal ouvia mexer no portão ia logo para a cozinha fazer o lanche, composto de: torradas, doces caseiros, marmelada e manteiga. Terminada a trasfega, obrigava-nos a ir para a mesa da cozinha. Só de lá saímos quando entendesse que tínhamos a barriga cheia. Minutos preciosos para nós porque pensávamos que o tempo não chegava para todos os planos que já haviam sido traçados com a devida antecedência.

Íamos buscar uma pequena escada de madeira para colocarmos  compridos arames que serviriam de suporte aos enfeites e às lâmpadas para que a noite fosse divertida. Todos os nossos companheiros de turma  à noite tinham que marcar presença  para saltar à fogueira. Uma noite em que se viam os mais afoitos e os mais medrosos. Até à meia noite podíamos brincar e saltar, sempre vigiados pelos donos da casa, não houvesse algum que pisasse o risco. Nunca esquecerei o cheiro que deitava o rosmaninho. Ainda hoje quando recordo estes momentos, fico com a sensação que o tempo voltou para trás. Durante alguns dias não se falava noutra coisa. A noite de Santo António na casa do Mário João dava origens a pequenas discussões na escola,  por causa daqueles que não puderam participar na festa. Os estalidos  das bombas de carnaval eram descritos de uma forma tão elucidativa que todos  nos invejavam. O suficiente para no ano seguinte os pedidos de novos elementos aumentarem. Dos que eram aceites, tinham que pagar uma pequena quantia em dinheiro. Depois sem ninguém saber, servia para comprar pirolitos a quem tinha apanhado a erva cheirosa.

Ainda mal sabíamos escrever, já demonstrava o seu enorme talento para o desenho, ao ponto de o professor lhe pedir que fizesse uso da sua sabedoria para nas paredes da aula os seus bonecos -  como gostava de lhes chamar, estivessem  expostos para alegria de todos.

Toda a gente nasce com algum talento especial.  Bem cedo descobriu que o seu era a cenografia. Desde pequeno que os seus olhos reflectiam um brilhante futuro. Sabia que a sua inteligência lhe abriria uma grande carreira como nunca deixaria que a sabedoria pudesse ficar ofuscada pelo brilho da vaidade.

A terra que nos viu nascer era pequena demais para lhe poder retribuir aquilo que merecia - porque as coisas não são como nós queremos mas como elas querem. Terminado o ciclo dos estudos liceais rumou à capital. Só nesta estava as condições que tanto ambicionava. Estivemos algumas dezenas de anos sem saber um do outro.

Quando nos encontrámos, recordámos  aquilo que o tempo levou para ficarmos a saber que o futuro continua a ser um mistério. Relembrou-me as palavras de José Saramago «a fama é como o vento, vai e vem».  A vida é uma ilusão – dizia-me. Caminhamos para o fim da nossa incumbência terrena e um dia a Alma do Mundo ou as suas sombras levar-nos-ão para tudo acabar. Resta-nos que perdure na história aquilo que fizemos.

Só as pessoas com sentimentos e uma grande alma se apercebem com antecedência daquilo que os espera.

Aos  possuidores de riqueza espiritual, esta, faz vê-los os caminhos dos escolhidos,  privilegiando aqueles que optaram pela sabedoria para acabarem a sua missão num eterno descanso. Sinto no passar do tempo aquilo que só o Inverno me sabe conceder,  a nostalgia.

domingo, 27 de setembro de 2020

A MINHA AMIGA KATRINA

 



A minha amiga Katrina não é “gordinha” mas digamos que é assim a puxar para o “forte”.                                                                                                                                                                         

Gosta muito de mim e eu também gosto muito dela.

Tem uns olhos lindos.

Da cor dos meus.

Quando falamos, ensina-me aquilo que não sei.

Eu digo-lhe aqui que ela não sabe.

Entre nós dois há uma espécie de acordo intimo.

Andamos os dois,

Passeamos os dois,

E às vezes fazemos amor.

Na intimidade gosto de amar a Katrina porque sabe fazer amor.

É única como  única é a sua forma de amar.

Quando fazemos amor amamo-nos de corpo e alma.

Quando vamos para a  praia para fazermos amor no nosso recanto secreto a Katrina gosta que me sente no sofá para depois se sentar ao meu colo.

Gosta de sentir a minha boca no seu pescoço e a língua nos seus ouvidos.

“Sussura-me palavras bonitas”

Digo-lhe aquilo que gosta de ouvir.

Mas também gosto de a sentir em mim,

De sentir quando nua em cima das minhas pernas está húmida como húmida gosta de estar,

Gosto de sentir o seu perfume na minha boca e de acariciar os seus cabelos,

De sentir a sua cara deitada no meu ombro quanto está a gostar de se roçar em  mim.

De ouvir os seus gemidos.

Depois, mesmo “fortinha” levo-a nos meus braços toda nua para a cama.

Estamos no nosso mundo.

“Beija-me toda...”

Começo por beijar as mamas e mamar os mamilos.

Depois devagarinho vou descendo até ao umbigo onde  rodo  a minha língua para sentir o seu corpo a mexer.

Devagarinho continuo a descer e beijo-lhe  a intimidade cujos cabelos já estão molhados.

Volto o meu corpo e começo a beijar os dedos dos pés para continuar devagarinho a beijar as pernas,

Ora uma ora outra.

Sinto o seu corpo a “encolher-se"                             .

Sabe que me aproximo da sua intimidade.

Aquela intimidade que nos deixa loucos.

Quando lá chego beijo ardentemente o que está nos meio das pernas.

“Lambe-me…”

Katrina tem um orgasmo.

Geme de prazer

O seu corpo contorce-se todo por estar ofegante.

“Entra em mim…

Todo….

Isso…

Mais…”

O mundo desaba em cima de nós.

Ainda estou a compor-me na cama,

E Katrina já se masturba novamente.

São estes momentos que nos fazem felizes.

É a nossa forma de nos amarmos.

Uma forma muito  nossa.


sábado, 26 de setembro de 2020

Não é bela mas fascinante.

 


Alta, seca, bem proporcionada de carnação pálida, olhos negros penetrantes e vivos, boca bem desenhada e voluntariosa, nariz direito, cara não descarnada mas com um quê de ossudo, não é bela mas fascinante.


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

A OTIS FOI UMA GRANDE AMIGA QUE TIVE NA MINHA VIDA


Hoje somos apenas amigos.

Mas daqueles amigos prontos sempre a ajudarem-se um ao outro, se for necessário.

Tipo: Vamos os dois no mesmo barco mas se este afundar-se vamos juntos ao fundo.

Esta tarde que está a terminar, para surpresa minha a OTIS veio visitar-me, de surpresa, com o argumento de: querer conhecer os “jardins do meu castelo”.

Continua uma mulher linda;

Continua a ser a amiga por quem sempre tive vaidade de ser seu amigo como por quem sempre tive um “fraquinho” – como ela por mim, mesmo sendo casada e fazendo parte de um mundo diferente do meu.

A OTIS não é uma mulher qualquer.

É uma senhora no sentido lacto da palavra.

Com uns olhos hipnotizantes esverdeados e um cabelo sedoso de fazer inveja às deusas gregas até parece que lhes roubou a beleza.

Alta elegante;

Perfumada com as melhores essências do mundo continua a ser a minha melhor amiga e a mais linda mulher do mundo;

Bem maquilhada e vestida requintadamente como só o pode fazer quem tiver posses para tal.

Na “visita” convidou-me se “um dia destes” não queria ir com ela “até ao Norte” para “ vermos alguns lobos quando o Sol se põe”

Segundo a OTIS é “maravilhoso ver os lobitos na brincadeira no cimo da serra.”

Aceitei porque um convite da OTIS não é para se recusar.

Quando nos despedimos em modo “brincadeira” disse-me:

“Agora que já sei onde moras um dia destes venho-te buscar para irmos almoçar à ‘’tua’ praia e depois irmos os dois jantar a Coimbra…”

Bora daí ÓTIS

SOPHIA


Gosto de te ver a saborear os prazeres da vida

Para sermos grandes não precisamos de passar por cima de ninguem

A vida se encarrega de nos dar aquilo que merecemos.

Quanto aos outros, os tais, esses, o Destino se encarrega deles.

A vida é feita de encontros e desencontros.

Gostei de te conhecer e saber de ti o que não sabia

És uma grande mulher.

Gosto de ti

À NOSSA!

NÃO TENHAS VERGONHA


Sabes muito bem que não sei fazer bolos

Mas que gosto muito de bolos

Se dizes que és minhas amiga

E sabes onde moro,

Faz um que tenha coco

E...

Se tiveres vergonha de o dares-me pessoalmente

Deixa-o no lancil da minha porta

Bem tapadinho.

Se fizeres parecido com o da foto

Dou-te este mundo mais o outro

E ensinar-te-ei a dançar

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

CONTINUO A GOSTAR DOS TEUS OLHOS

 


Continuo a gostar dos  teus olhos.

Lindos de morrer.

Seguir-te-ei até ao fim de mundo.

Mesmo que me leves para junto do nosso mar.



HOJE ANDEI...


Procurando o melhor de mim

Por mim

Para mim

(Vera_____)

PRAZERES NOSSOS

 



Prazeres dos nossos prazeres.
Gosto de te servir assim na banheira.
Mereces o melhor do mundo.
Tambem me tens dado e continuas a dar o melhor de ti
Amo-te

HOJE, TENHO A SENSAÇÃO QUE O TEMPO ESTÁ MAIS VAGAROSO DO QUE O HABITUAL

 

Talvez seja porque estar quase a chegar ao Natal e o tempo ganha outra medida e uma nova galáxia.

Será?

Gosto do teu nariz É algo....


 E desse cabelo rebelde

EU DE VOLTA…


COMECEI A ESTAR ONDE RESPIRO PAIXÃO

No baixio dos meus aposentos.

Percebi que mereço a vida.

Só a vida. Nada mais.

O resto não é meu.

É feito para mim.

Tenho saudades do perfume nos teus cabelos


 

terça-feira, 22 de setembro de 2020

A RITA GOSTA DE MIM

 



Eu também gosto da Rita.

E muito!

Somos dois amigos especiais.

A Rita gosta de falar sobre amor e da forma como se ama.

Por “força” quer que eu leia um livro chamado “TE AMO”. (*)

Diz-me que explica tudo sobre o amor e a diferença entre paixão e amor.

“Sabes que uma paixão dura seis meses?

Se um casal conseguir superar este tempo o amor existe!

Nós já andamos envolvidos vai para mais de três anos.

O que sentes por mim?”

Não lhe respondi porque a Rita colou logo a sua boca na minha.

A nossa relação é especial.

Especial também a forma como nos amamos.

A única coisa verdadeira que existe entre nós é a nossa amizade e a forma como  fazemos amor.

Pouco importa o local onde o fazemos.

O que precisamos é nos amarmos.

“Sabes que nunca ma casarei porque quero ser só tua.

Até os Deuses gostam de nós porque nenhuma mulher se aproxima de ti.

Ai se…” e meteu logo a mão na boca.

Assim é.

Fizemos, em tempo, um pacto entre nós dois.

Sou apenas dela e ela de mim.

Gostamos desta forma de amar.

Somos livres e pouco nos importa que nos vejam juntos ou de mão dada como se fossemos casados.

Ontem passou por aqui e levou-me (sem me avisar com a devida antecedência) com ela para jantarmos no restaurante do Caetano.

Lá no cimo do Sítio o Miguel já nos esperava para nos levar até à  mesa que a Rita tinha reservado.

Frente a frente, saboreámos calmamente a “Açorda de Marisco” feita e cozinhada pela Dona Luisa propositadamente para a  “Senhora  Rita e seu acompanhante”.

(Se um dia forem à nossa praia vão até ao Caetano e peçam à Dona Luísa que lhes façam um “acepipe” como costuma fazer para os clientes especiais. Vão comer e saborerar  um manjar dos Deuses).

As nossas refeições mantêm-nos  por longo tempo na mesa

A Rita gosta de comer e estar sempre a olhar para mim (tem uns  olhos  lindos).

Olha-me para ver a cara que faço quando sinto a ponta do seu pé a acariciar aquilo que ela tanto gosta.

Alturas que  tenho de lhe  dizer:

“Desculpa mas tenho que ir à casa de banho”

Ela ri-se como uma desalmada.

“Já ejaculaste não foi?

Vai meu querido.

Tenta tapar o molhado das calças”

Depois destes momentos, como intervalo, vamos dar o nosso passeio pelas ruelas da nossa praia.

Quem encontramos:

O Arturo e a sua esposa

Olharam-mos como se tivessem visto um casal extraterrestre.

A Rita, de propósito, beijou-me ardentemente em plena rua.

“Já casaram?” perguntou-nos a nossa conhecida.

A Rita respondeu-lhe:

“Daqui a pouco vamo-nos casar novamente na cama…”

A Esposa do Arturo ficou sem fala.

Já não voltei para a minha casa.

Dormi como a minha amiga.

Ainda hoje irei para de onde vim.

A Rita vem-me trazer.

Mas…com a recomendação de que não posso trazer a “cueca (Slip) vestida. 

Apena a calça”

Por isto é que somos “amigos especiais”

 

(*) A Rita pensa  que nunca li o “TE AMO”.

Aqui para nós, é do Francesco Alberoni.

Um espectáculo, o livro.

Recomendo-vos.

A VIDA



A vida às vezes desarruma-nos a vida

Mas nunca deixei de amar a vida

JÁ PISEI ESTAS AREIAS

 


Já senti na minha pele o calor do deserto

Já chorei em cima destas dunas lágrimas bem amargas.

Mas hoje posso dizer com toda a força da minha alma

"Valeu apena"

PARA CHEGAR ONDE CHEGUEI...

 


 Para chegar onde cheguei, comecei a querer ir mais vezes ao meu céu, abraçar o meu deus sem precisar de lhe sentir os braços.

HOJE COMEÇA O OUTONO

Todas as histórias que contei sobre mim foram histórias de amor.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

HOJE VI UMA FOTOGRAFIA DE TI



Hoje alguém, tua conhecida,

mostrou-me uma fotografia de ti

sem saber quem eu sou (na tua vida).

Sorri de uma forma especial.

A tua amiga sorriu e ficou curiosa por causa do meu sorriso.

"Conheces?" perguntou-me.

Estive mesmo para lhe responder:

"É o meu grande amor"

Quando te vejo ou sinto o teu corpo,

Uiii

Quando vejo a tua foto...

Nem sei como fico.

Apenas sei que te amo como nunca amei ninguem

ETERNAMENTE APAIXONADO POR TI


Gosto de ver o que te ofereci.
Continuas linda
Adoro-te
Eternamente apaixonado por ti
Sabes o que me anda a apetecer?
Um dia destes levar-te a passear comigo à nossa praia
Está linda.
E com menos gente.
Assim já podemos passear de mãos dadas pelas nossas ruelas.
Saudades de ti e do teu perfume

A RITA ESCREVEU UMA CARTA

 


Querido, fiz de propósito.

Coloquei uma foto na minha página que não era minha.

Deste logo por isso.

Ainda poucos minutos tinham passado de a colocar e já tu me estavas a ligar.

“Que fotografia é aquela que colocaste na tua página?”

Soubeste logo que não era eu nem o meu corpo nem a do teu amor.

“Sabes porque te amo e porque sou louca por ti?

E sabes porque te desejo tanto na cama?

Porque só tu me conheces por dentro e por fora (mais por dentro, ou não???).

Só tu conheces o  meu corpo,

Só tu sabes onde estão as minhas saliências,

Só tu sabes onde gosto mais de ser acariciada na minha intimidade,

Só tu sabes os pontos fracos do meu corpo,

Aqueles que quando a tua mão lhes toca até o meu corpo treme de prazer,

Só tu sabes que,

Quando metes a mão no meu corpo para me despires que já estou toda molhadinha só de  me tocares,

Só tu sabes quando me deixas toda nua já uma parte do meu corpo está toda húmida.

E quando me levas nos teus braços  para a cama toda nuazinha já estou em brasa e desejosa de sentir-te em  mim.

Mas só tu me conheces por fora e por dentro.

Só tu conheces o meu olhar e o meu desejo para que antes de entrares em mim, e eu em ti, me beijares o corpo todo.

Adoro este momento.

Deixo de ser quem sou,

Para ser toda tua,

Para sentir a tua boca a caminhar desde os dedos dos meus pés para aos  poucos percorreres o meu corpo todo até que…

Não faças mais…

Não aguento!

Beija o meio do meu corpo.

E mordisca-o como só tu sabes…

 

É para ti, amor meu, porque sei o quanto vais adorar estas palavras.

AMO-TE

E, ainda hoje  vou ser tua.


PORQUE ME APETECE

 


HOJE APETECE-ME IR E NÃO VOLTAR...

Para onde?

Não sei!

Se eu te pudesse dizer



Se eu te pudesse dizer
O que nunca te direi,
Tu terias que entender
Aquilo que nem eu sei.


domingo, 20 de setembro de 2020

ESTÁ COMBINADO…


Eu a minha vizinha, das sete portas mais abaixo, sem contar a do meio, uma noite destas vamos até aos varandins do jardim e vamos dançar como nunca se dançou nas redondezas.

Ambos dissemos um ao outro, hoje, que a nossa lua esta cada vez mais bonita

E o Céu a ficar lindo de morrer

Gosto de pessoas que sabem como ouvir o vento sobre a pele


Gosto de pessoas que sabem como ouvir o vento sobre a pele, de sentir o cheiro das coisas...


HOJE VOU MIMAR-ME DE PRAZERES, DOS PRAZERES QUE ME DÃO PRAZER DE AMAR QUEM ME AMA


Logo à noite não vou para os varandins do meu castelo porque a noite vai estar fresca e um pouco chuvosa

E porque estou "meio assim assim" vou passar a noite no baixio dos meus aposentos

Já desci as persianas

No início do dia que se segue ao dia que mais logo vai acabar, o que sobrar do meu gelado e dos morangos que a minha amiga Katrina me trouxe hoje, serão dados na manhã do novo dia que se aproxima a quem me deu a conhecer as belas músicas do Goya

Suave mas suavemente dançarei até de madrugada com quem me acompanha, de forma a que a minha alma, que anda triste, se aconchegue a quem a ama.

Há dias e momentos que fico "meio assim assim"


HOJE VOU DORMIR COMO UMA ABADE...




Hoje vi a minha amiga dos "cabelos ao Vento"

Sempre linda e bem arranjadinha

Para além de perfumadinha

Quando a vejo até a minha alma sorri

E a dela também

Gosta de 'repreender-me'.

Quer que eu "seja um homenzinho"

Está-me sempre a dizer:

"Não metas coisas na tua cabeça porque eu não gosto de sair da rotina"

Estivemos a falar um pouco

Disse-lhe que:

"Ando a dormir mal, porque será?"

Disse-me logo:

"Não jantes

Em vez de jantares come duas maçãs, bem cozidas, e vais dormir como um Abade".

Assim seja.









sábado, 19 de setembro de 2020

HOJE ANDEI NA QUINTA



Mais a minha amiga Maria

Ela, como eu, como também o meu "mais que tudo" adoramos o campo

Nascemos nas bordas do nosso rio

Temos nas nossas entranhas o cheiro da terra

Das videiras

Do mosto do vinho

Do cheiro da terra seca quando fica molhada

Das marachas

Do nascer do Sol

Do Pôr-do-Sol

Amamos as terras da nossa terra

Quando a Maria viu os habitantes mais novos da quinta a passear pela terra que um dia me viu nascer gritou tanto de alegria que parecia uma criança

"Olha alí...

Olha...

Lindo!

Ai não resisto.

Vou tirar uma foto"

A JUDITE HOJE ZANGOU-SE COMIGO


Porquê Judite?

Tão amiga eras de mim.

Tanto me deste do pouco que tinhas para que eu tivesse tudo e nada me faltasse

"Nunca mais falo para ti!
Morri para ti"

Disse-me a Judite

Zangou-se comigo porque entendeu ter razão quando a razão não estava com a razão dela.

Hoje estou triste porque perdi"a Judite.

E estou triste porque andei a manhã toda com a cestinha de verga ( que a Judite me ofereceu quando fiz anos) a apanhar diospiros para levar para a mãe dela.

Eu sei que um dia destes a Judite volta e pede-me perdão e vai falar comigo para continuarmos a sermos amigos.

Mas até lá também não lhe falo, porque 'morri"

E logo hoje!

Porque amanhã quando for à cidade grande ia-lhe comprar um "corneto" para comermos os dois.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

MANHÃ ESTRANHA A MINHA

Céu cinzento,
Sem uma pontinha de Sol,
Fresquinha,
Não gosto das manhãs sem Sol
Fico triste como triste está a manhã