«Estes textos são apenas ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.»

terça-feira, 22 de setembro de 2020

A RITA GOSTA DE MIM

 



Eu também gosto da Rita.

E muito!

Somos dois amigos especiais.

A Rita gosta de falar sobre amor e da forma como se ama.

Por “força” quer que eu leia um livro chamado “TE AMO”. (*)

Diz-me que explica tudo sobre o amor e a diferença entre paixão e amor.

“Sabes que uma paixão dura seis meses?

Se um casal conseguir superar este tempo o amor existe!

Nós já andamos envolvidos vai para mais de três anos.

O que sentes por mim?”

Não lhe respondi porque a Rita colou logo a sua boca na minha.

A nossa relação é especial.

Especial também a forma como nos amamos.

A única coisa verdadeira que existe entre nós é a nossa amizade e a forma como  fazemos amor.

Pouco importa o local onde o fazemos.

O que precisamos é nos amarmos.

“Sabes que nunca ma casarei porque quero ser só tua.

Até os Deuses gostam de nós porque nenhuma mulher se aproxima de ti.

Ai se…” e meteu logo a mão na boca.

Assim é.

Fizemos, em tempo, um pacto entre nós dois.

Sou apenas dela e ela de mim.

Gostamos desta forma de amar.

Somos livres e pouco nos importa que nos vejam juntos ou de mão dada como se fossemos casados.

Ontem passou por aqui e levou-me (sem me avisar com a devida antecedência) com ela para jantarmos no restaurante do Caetano.

Lá no cimo do Sítio o Miguel já nos esperava para nos levar até à  mesa que a Rita tinha reservado.

Frente a frente, saboreámos calmamente a “Açorda de Marisco” feita e cozinhada pela Dona Luisa propositadamente para a  “Senhora  Rita e seu acompanhante”.

(Se um dia forem à nossa praia vão até ao Caetano e peçam à Dona Luísa que lhes façam um “acepipe” como costuma fazer para os clientes especiais. Vão comer e saborerar  um manjar dos Deuses).

As nossas refeições mantêm-nos  por longo tempo na mesa

A Rita gosta de comer e estar sempre a olhar para mim (tem uns  olhos  lindos).

Olha-me para ver a cara que faço quando sinto a ponta do seu pé a acariciar aquilo que ela tanto gosta.

Alturas que  tenho de lhe  dizer:

“Desculpa mas tenho que ir à casa de banho”

Ela ri-se como uma desalmada.

“Já ejaculaste não foi?

Vai meu querido.

Tenta tapar o molhado das calças”

Depois destes momentos, como intervalo, vamos dar o nosso passeio pelas ruelas da nossa praia.

Quem encontramos:

O Arturo e a sua esposa

Olharam-mos como se tivessem visto um casal extraterrestre.

A Rita, de propósito, beijou-me ardentemente em plena rua.

“Já casaram?” perguntou-nos a nossa conhecida.

A Rita respondeu-lhe:

“Daqui a pouco vamo-nos casar novamente na cama…”

A Esposa do Arturo ficou sem fala.

Já não voltei para a minha casa.

Dormi como a minha amiga.

Ainda hoje irei para de onde vim.

A Rita vem-me trazer.

Mas…com a recomendação de que não posso trazer a “cueca (Slip) vestida. 

Apena a calça”

Por isto é que somos “amigos especiais”

 

(*) A Rita pensa  que nunca li o “TE AMO”.

Aqui para nós, é do Francesco Alberoni.

Um espectáculo, o livro.

Recomendo-vos.

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