mesmo que tal escolha lhe traga sofrimento e dor. A liberdade é um dos grandiosos privilégios que a vida nos concedeu.
«Estes textos são apenas ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.»
mesmo que tal escolha lhe traga sofrimento e dor. A liberdade é um dos grandiosos privilégios que a vida nos concedeu.
Nos dias frios e ventosos gostos descer no meu “elevador” para depois com as mãos nos bolsos, do meu blusão, caminhar calmamente pelo “Paredão” e sentir na minha cara o cair daquelas gotas do mar que o Vento me traz.
São momentos únicos que não os troco por nada nem por ninguém.
Nem Per Ti.
O meu mar sempre me encantou.
Sempre me seduziu.
Do cais, de regresso ao elevador”, entro então pelas ruas e ruelas do casario.
Ruas paralelas entre si que acabam todas na praia.
Às vezes perco-me pelas ruelas como se ficasse encantado por uma moura.
Perco-me neste emaranhado de ruas.
Às vezes cruzo-me com amores esquecidos ou encontro outros grandes amores que fizeram parte da minha vida e me fazem reviver paixões que consumiram tanto a minha alma.
Dois desvios são obrigatórios:
Passar pela “Colónia Balnear da Nazaré”.
Quando, em frente do portão, verto sempre algumas lágrimas, não por saudades de uma meninice que já se perdeu no tempo mas porque ainda sinto ali o meu cheiro de criança;
O outro é ir à minha Capela (Santo António) porque foi aqui que um dia conheci um Grande Amor daqueles que amamos até ao fundo do nosso coração.
Um amor que me marcou profundamente e do qual apenas recordo o que ele me deu.
Quando saio, com meia dúzia de passos, atravesso a ladeira.
Gosto de avistar a grandeza do meu mar e de imaginar o quanto amei onde então me encontro.
Ao descer, o pouco que tenho para descer, olho para o que foi em tempos uma taberna onde se vendia a melhor “ginjinha” do mundo e onde todos os dias os padrinhos de minha mãe iam tomar a sua “ginjinha”.
Neste momento comovo-me è às vezes as lágrimas caiem-me pelas faces da minha cara.
Depois sigo para a “praça” a fim de subir onde desci.
Enquanto subo e quando o meu elevador me deixa ver o que deixei é que compreendo porque amo tanto a minha praia e tudo o que me liga a ela.
Perco-me nestes prazeres.
Mais ainda:
Quando já vou a caminho do que me vai trazer para a terra mais linda do mundo alguém chama por mim ou sinto vozes ou cheiros de amores que nunca foram “amores meus”.
O "elevador" da minha praia,
Da praia dos meus antepassados,
Da praia do meu passado,
Da praia das minhas paixões,
Das paixões que nunca se apagarão na minha memória,
Daquelas que me fizeram feliz e com as quais fui feliz,
Da praia dos meus Grandes Amores,
De amores únicos,
Dos amores únicos que mais nenhum amor substituirá aqueles que amei e que me amaram,
Nunca procurei o amor mas fui sempre amado pelo amor, por aqueles amores inesquecíveis.
Amores que me fazem lembrar quando minha mãe passeava nas noites quentes de Verão pelo “Paredão” abraçada pelo seu grande amor, O MEU PAI.
Ainda hoje gosto de ir à minha praia sentir o amor que tenho pela praia da minha vida.
AMO O MEU "ELEVADOR"
AMO A MINHA PRAIA
"Per ti De mia»
Ela também me adora.
Todas as semanas
me presenteia com docinhos
Todas as
semanas me quer ver
Todas as
semanas gosto de olhar para ela.
Mesmo que as
nossas casas estejam separadas um da outra apenas por três quartos de casas nem sempre
nos podemos ver.
Mas…
Se eu não a
procurar procura-me ela.
Não sou só
eu que a amo
Ela também
me ama.
Hoje
apareceu-me “linda de morrer”.
Olhou-me com
um sorriso estonteante que me deixou “tonto”.
Trouxe-me uma caixinha cheia de miminhos.
Quer ela
quer eu, não resistimos aos miminhos um do outro e… quanto mais doces melhor.
A minha
vizinha tem um lado provocador.
Às vezes
mexe em mim.
Mas um dia vou
levá-la para o lado de lá do Céu.
Mas antes
Andaremos os
dois a passear pelas ruas da nossa praia.
Gosto de ti
vizinha.
Um dia ainda vamos ser felizes os dois
Já não nos víamos vai para mais de um
mês.
Tudo por causa da “pandemia”.
Liguei-lhe para lhe dizer que “daqui a pouco vou passar pela tua casa e gostava de te ver.
Pode ser?”
Respondeu-me logo:
“Nem de propósito, que ele nem está
em casa.
Apenas aqui está quem tu já sabes.
Quando chegares toca à campainha que abro logo a porta”.
Subi a escada que nos leva dos
rés-de-chão ao primeiro andar.
A meio, em forma de cotovelo, avistei
logo a porta da minha namorada, local
que nunca tinha entrado.
Quando me viu com um ramo de flores,
as mais lindas do mundo, abriu os braços não para as receber para me abraçar.
Afinal já não nos víamos vai para
mais de um mês.
Beijamo-nos como se o
mundo fosse acabar.
Recebeu as flores para as meter em
cima de uma mesinha que estava por detrás da porta.
Abraçamo-nos novamente mas agora com um abraço de profunda paixão.
Beijamo-nos mais uma vez.
Mordi-lhe o pescoço e lambi-o.
Talvez
como nunca o tenho lambido, julgo,
O cheiro da sua pele e do seu perfume entrou dentro de mim como já não entrava à tanto tempo.
O seu corpo arrepiou-se por sentir a minha língua
Acariciei-lhe as maminhas por fora da
camisola.
AMO-TE tanto e tinha tantas saudades de ti, disse-lhe
“Não fales.
Ela esta ali e
pode ouvir ou aparecer de repente”
Como dois namorados segurou-me
a mão e conduziu-me pelas divisões da sua casa.
Quando mostrou o seu
quarto…
Disse-lhe:
“Um
dia quero fazer aqui amor contigo”
Sorriu e
pendurou-se no meu pescoço abraçando-me com ternura.
“Tenho
saudades de fazer amor e de te ter em mim”.
Também eu,
disse-lhe.
“Agora
vai cumprimentar quem está na sala”.
Assim fiz
mesmo que não soubesse quem eu era.
Na hora da
despedida, junto da porta, beijou-me e num forte abraço disse-me:
“Mete
a tua no meio das minhas pernas e acaricia quem está por debaixo das calças”
Não aguento
mais…
Beijamo-nos ‘modo
de despedida’ enquanto a minha mão subia e descia.
Senti os
seus gemidos de prazer bem dentro de mim.
“Tens
que mudar de roupa estás toda molhada…”
Riu-se.
“Quando
saíres puxa a porta para ficar bem fechada”
Quando ia a
puxar a porta, disse-lhe, como provocação,
“Sinto-me todo
babado”
Sorriu, como
o Sol para morder com os dentesos seus lábios…
Quando
cheguei a casa, tinha no meu telemóvel duas mensagens.
Uma
perguntava-me:
“Gostastes
da casa e de me veres?”
A outra,
“Tens de vires cá mais vezes.
Um dia destes fazemos aqui amor.
Não aguento tanto tempo sem te sentir dentro de mim.”
Cada vez gosto mais dela.
De cada vez volto sempre ao mesmo.
Sou definitivamente o homem mais apaixonado que existe.
Não conheço nenhum outro capaz de tanto amor pela minha vida.
Talvez só a própria vida por mim.
Talvez só mesmo ela.
A minha vida não é perfeita aos olhos de ninguém, nem nunca será.
Também não me importo em nada.
É aquela que escolho a cada manhã e acolho a cada anoitecer.
Porque lhe “permite pensar e
sonhar” assim me disse
Um dia destes telefonou-me para esclarecer uma dúvida que a atormentava:
“O vizinho gosta de estar sozinho?”
Respondi-lhe:
“Não estou sozinho vizinha.
Tenho a companhia da minha alma,
Tenho também:
A companhia da minha Aika,
Comigo vive o meu filho mais novo,
O mais velho encontramo-nos sempre
que nos é possível,
E quando, por razões várias, estou sozinho ou sem companhia, tenho a presença da minha namorada que me vêm fazer companhia quando começa a escurecer
e só se vai embora quando o sol começa a nascer para passar o dia junto do
marido.
Outras alturas tenho junto de mim o
barulho do silêncio ou as palavras que o Siroco me traz, vindas de não sei donde.
Mas confesso-lhe que às vezes gostava
mesmo de estar sozinho para “pensar e sonhar” como a vizinha.”
Como sabia onde a minha vizinha queria
chegar com a apoquentação quanto à minha pessoa convidei-a para me vir visitar
sempre que lhe apeteça.
Respondeu-me que “quanto ao
visitar não é por aí além”
mas o “apetecer” isto
sim…
“Quando você me apetecer apareço-lhe
por ai e levo um bolo para satisfazermos os dois os nossos desejos.”
Gosto da minha vizinha porque gosta do que eu gosto para além de ser malandra.
O rio que banha a minha terra.
No sábado passei a tarde junto das suas águas com o meu filho.
Connosco foi a Aika que se cansou de tanto correr nas areias mais quentes do Tejo.
Continuo a gostar do cheiro das marachas do meu rio.
Um cheiro que adoro.
Continuo a amar o meu rio.
Ali já fui feliz.
Nas areias do meu rio os meus antepassados também foram felizes.
Nas areias do meu rio estão memórias da minha vida e de quem me deua vida.
Está escrito nas estrelas que voltarei a ser feliz nas areias do meu rio.
Um dia levarei comigo a Sophia para que saiba porque e como se ama um rio.
De mãos dadas levá-la-ei ao Patacão para ver o pôr-do-sol mais lindo do mundo
Somente a mim dou o direito de fazer críticas, de me julgar, afinal sou eu, quem todos os dias faço as minhas escolhas, nem todas elas tão boas, mas também nem sempre ruins.
NO MEU CASTELO
NO MEU MUNDO
Próximo das gentes da minha gente
Porque às vezes temos dias assim em que cabe a cada um fazer o seu lugar no mundo para o qual é preciso muita mas muita coragem.
Aprendi isto com a Katrina
Uma amiga ousada, corajosa e fantástica.
Tão fantástica, tão fantástica que quando cheguei ao meu Castelo estava sentada dentro do carro à minha espera para passar um “bocado da tarde” e um “pouco da noite comigo” .
Adoro a Katrina porque é a melhor amiga do mundo
Não os reparto com ninguém
Apenas com a minha alma e com quem amo ou que mereça o melhor de mim.
Hoje dei um pouco de mim
Quando abraçamos quem nos estima e que leva uma tarde inteira à nossa espera apenas para nos dar um beijo
O caminho que percorremos, foi aquele que escolhemos,
Não adianta olhar para trás,
Pois certamente faríamos o mesmo.~
«A foto é da V.»
O texto da Teresa Paraíso»
NÃO ME APETECE LEVANTAR
Está chovendo
Pela minha janela posso ver e ouvir a chuva a cair
As folhas da minha parreira estão todas molhadas e mais verdes
Que faço à minha vida?
A MINHA VIZINHA NÃO VAI PORQUE TEM MUITO TRABALHO
E CONTINUO COM SAUDADES DE TI SOPHIA
Tenho saudades de ti porque continuas tão bonita como no dia que te vi pela primeira vez.
Há amores que duram uma vida, como o nosso.
Tenho saudades de ti.
«Foto da MDMO»
Gosto de me sentir compreendido, porque me ajuda a lidar com aquilo que ainda não entendo sobre mim.
Gosto de ser abraçado, porque me permite também abraçar.
Às vezes, sinto-me compreendido no meio de uns braços que me envolvem e uma voz que me sussurra que vai ficar tudo bem.
A verdade é que também preciso de afecto.
Também preciso de me sentir
Porque gosto desta parte que há em mim.
É esta parte que me faz continuar a ser um sonhador,
E sempre à espera de algo melhor,
E de momentos para andar de baloiço,
Porque gosto…
Por ela passo quase todos os dias quando vou procurar o outro lado do mundo.
Aquele mundo que me deixa ver o meu mundo.
Em que o meu mundo fica muito pequenino, frágil,
com saudades do que perdi,
dos momentos de felicidade que a vida me deu
mas acima de tudo dos meus amores que a vida me foi tirando
Há momentos na vida,
Que tenho saudades de tudo e de todos,
do que já tive e já não tenho,
de quem amei e já não amo,
de quem amo mas que não está junto de mim,
das lágrimas que perdi por causa de quem me amou mas que eu nunca amei.
das alegrias que tive com os meus grande amores,
amores estes que nunca fizeram parte da minha vida
mas muitas saudades dos meus três grandes amores
Saudades de tudo e de todos.
A MINHA MÃE…
Hoje recebi a visita da minha amiga Sophia.
Já há algum tempo que não nos víamos pessoalmente.
A caminho de Coimbra desviou-se um pouco do percurso e veio à “terra mais linda do mundo” visitar-me.
Como é seu hábito nunca vem de “mãos a abanar”.
Trouxe-me “músicas lindas” e outras lembranças.
Tantas que me surpreende a cada momento que nos vemos ao ponto de às vezes ficar envergonhado pelo que me dá para além das lembranças.
Lanchamos debaixo do terraço porque o Céu estava cinzento demais e o vento teimava em tirar folhas da parreira.
Algumas caíram em cima da nossa mesa.
Na nossa frente caiam do beiral algumas gotas da água da chuva.
Em ambiente muito nosso conversámos de tudo um pouco até das nossas vidas.
Vidas cheias de paixões, de amores passados, de aventuras e desventuras, de bons e maus momentos mas acima de tudo de uma enorme confiança que existe entre duas pessoas que se conhecem “vai para tempo”.
Mas o que mais me surpreendeu foi um pequeno saquinho que trouxe algures de um país da América do Sul, de onde vinha, para me oferecer.
Trazia café, daquele café que minha mãe costumava fazer-me, quando criança, numa cafeteira e que “deixava borras”.
Um café que a minha mãe misturava com leite todos os dias de manhã para o meu pequeno-almoço.
Chorei porque me lembrei da mulher que mais amei na minha vida,
A MINHA MÃE.
Só a minha mãe sabia fazer “deste café”.
Adoro a Sophia porque surpreende-me a todo o momento.
Se fosse solteira pedia-lhe namoro ou apaixonava-me por ela porque é linda de morrer mas acima de tudo porque me dá o melhor do mundo sem me pedir nada em troca.
Porque hoje é uma noite especial para alguém
Vi o Pôr-do-Sol
Entre este e o horizonte
As terras da minha terra
Momentos lindos de morrer
Quando a noite caiu
Atravessei novamente os "Gagos"
O contraste do escuro da noite e o brilho da iluminação que faz da Urbanização "dia"
Fez-me sentir vaidoso e orgulhoso da minha terra.
Até o cheiro da terra molhada entrou em mim
A minha terra é linda de morrer!
Tem Jasmim,
Tem um jardim,
Tem uma parreira que dá a melhor sombra do mundo no Verão,
Tem muito Sol,
Tem um terraço de onde vejo o mundo,
Tem janelas de onde ouço o mundo,
Tem um portão por onde costumo sair e entrar quando vou ou venho do outro mundo,
Tem espaço para receber quem me visita ou quem me ama.
Tem um porta que me deixa abraçar o mundo ou quem gosta de mim.
Uma boa semana para todo vós
Não gostava de morrer sem um dia sentir a tranquilidade de me sentar no terraço e olhar para a herdade e ver o que nela se produz para me sentir longe do mundo
Como rebelde são os teus cabelos
Nascemos um para o outro
Somos uma espécie de almas gémeas
Gosto de meter os meus dedos no teu cabelo
Gosto de te sentir no meu corpo