«Estes textos são apenas ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.»

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

PARA TI MARIA



QUANDO ESTIVE NO TALASNAL COM A MINHA “GRANDE PAIXÃO”
 
Encontramo-nos na “Pau de Canela”.
Não nos víamos, ia já para muitos anos.
Conhecemo-nos quando estive em Coimbra
Ficamos grande amigos.
Eu estudava no ISCC e a Maria na Faculdade de Medicina.
Quando terminei a minha especialidade regressei à terra em que nasci e ela foi trabalhar para o Centro de Saúde de Pombal.
Da nossa amizade nasceu uma Grande Paixão e daqui um Grande Amor.
Depois de conversarmos e na hora da despedida a Cláudia disse-me:
“Porque não vais até Coimbra para  passarmos um fim de semana no Talasnal?”
Foi numa casinha de xisto no “Talasnal”, que em cima de um tapete e junto à lareira com o som da "LIBERTÁ" e do Al bano e da Romina Power” que fizemos amor pela primeira vez.
Maria era e é uma mulher fabulosa e linda.
Não bastasse, era e continua a ser inteligente e culta para além de ser uma consagrada médica.
Foi a Maria que descobriu em mim o que eu desconhecia, o gosto de escrever.
“Escreve que gosto de te ler.
Quando escreveres pensa sempre em mim.
Assim tem sido.
Deixamos de ser “grandes amigos” para passarmos a viver um “amor secreto”.
Foi com a Maria que “conheci mundo”.
Foi com ela que do cimo de umas dunas vi pela primeira vez a maior pirâmide do Egipto;
Amamo-nos ali como se o mundo fosse acabar.
Passeamos de Camelo nas areias quentes do deserto onde vimos as essências que fazem os melhores perfumes do mundo.
Gostávamos de passear nas noites de luar pelas areias da nossa praia de mãos dadas.
A meio da praia sentávamo-nos e olhávamos para a nossa Lua, a Lua Cheia.
Protegidos por esta beijávamo-nos docemente.
Tínhamos os meus gostos e encaixávamo-nos um no outro como se duas almas gémeas fossemos.
Com a Maria aprendi a amar e a ser amado.
Um dia o destino separou-nos.
Ficou a promessa de que um dia quando no encontrasse-mos….
Um dia destes fui até Coimbra.
Alugamos a mesma “casinha” no Candal onde há muitos anos já tínhamos estado.
Ainda lá está a “nossa lareira”.
Durante o dia andamos pela serra da Lousã, caminhamos pela margem da ribeira e aninhamos os nossos corpos nas entranhas da serra.
Inspiramos o cheiro dos medronheiros.
Quando regressamos à nossa casinha a lareira já aquecia o interior.
Há tanto que não via e sentia o corpo da Maria;
Há tanto tempo que não acariciava os seus longos cabelos;
Há tanto tempo que não beijava o meu grande amor;
Há tanto tempo que não sentia a sua saliva na minha boca;
Há tanto tempo que não sentia a pele do seu corpo nas minhas mãos;
Com a luz do lume os seus olhos brilhavam com brilham as estrelas no deserto.
Quando nos tocamos, choramos os dois de emoção e satisfação pelo nosso reencontro e entrega.
Estávamos os dois carentes, de tudo.
Eu por ter terminado um casamento há alguns anos e ela por não ter homem nenhum na sua vida desde que nos separamos.
Sentei-me em cima do tapete, junto do calor da lareira.
Maria sentou-se no meio das minhas pernas e aconchegou-se para se fazer “pequenina”.
Quando abracei o peito de Maria e lhe beijei o cabelo sedoso senti o seu corpo a contorcer-se.
Quando sentiu os meus lábios a beijar-lhe o pescoço ouvi os seus gemidos.
Gemidos de quem ama e quer ser amada
Devagarinho disse-me:
“Amo-te até ao Céu”.
Respondi-lhe:
“E eu até ao infinito”.
Amo-te Maria.
“Amo-te para além do infinito”

 

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