Um dia destes quando pisava o areal da “minha” praia a caminho da Capela de Santo António para ver o local onde caiu a última lágrima do meu Grande Amor a MARIA perguntava-me em jeito de “provocação”
Quantas vidas não viveste já nesta?
Tantas como cabelos tinha a Ana Margarida.
A MARIA comoveu-se com a minha resposta.
Abraçou-se a mim e a chorar disse-me:
Na verdade esta vida é como um grão de areia. Foi por causa desse grão que perdemos o fruto do nosso grande amor.
Quando nos viemos embora deixamos em cima do altar da capela o mais lindo ramo de Margaridas.
Na rua esperava-nos um imenso azul e um cheiro a maresia.
Amo a minha praia.
Nela deixo estar guardados os melhores momentos da minha vida e de quem dela fez parte.
Tu miúdo, fazes parte deles porque te amo como só um pai sabe amar um filho.
E tu Ana Margarida tinhas os olhos mais lindos do mundo.
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