Praticamente no início do décimo quarto dia do sétimo mês de um ano do longínquo século que já terminou vai quase para dezanove anos.
Era uma hora da manhã.
Era Sábado.
Na manhã deste reinava a alegria na casa de meus pais.
Tinha nascido quem tão foi desejado.
DISSERAM-ME HOJE que segundo a lenda de então,
Meu pai, um eterno apaixonado pela minha mãe, de tão feliz estar por o seu Grande Amor lhe ter dado o fruto que tão desejava e depois de me ter segurado e beijado, bem de madrugada, partiu em debandada para sitio desconhecido em busca de algo que só ele sabia.
Em casa ficaram algumas pessoas mais chegadas da família.
Quando meu pai regressou ainda o Sol não tinha nascido mas as pessoas amigas da família continuavam na casa de meus pais em conversa uns com os outros.
Trazia na mão, para oferecer à minha mãe as Violetas mais lindas do mundo.
Diz a lenda que, quando estava a dar o ramo à sua amada caiu uma folha em cima da minha cara.
Talvez daqui a razão porque gosto tanto de violetas.
Quando hoje a senhora J… me contou pessoalmente esta lenda, choramos os dois agarrados um ao outro.
Quanto nos despedimos, disse-me:
“Quanto a tua mãe foi sepultada, meti, sem ninguém ver, um ramo de violetas em cima da terra.”
Beijei-a na testa como sinal de gratidão pelo que fez na sepultura da minha mãe.
A SUA TESTA CHEIRAVA A VIOLETAS.
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