Quando não sei o que vou fazer amanhã, sinto-me um privilegiado. A verdade é que posso escolher seja o que for, desde não fazer nada a fazer tudo aquilo que nunca fiz. Para mim, não ter nada que fazer amanhã é ter em aberto todas as hipóteses do mundo. Posso apanhar o primeiro comboio e sair na estação que me apetecer, rir todo o dia de nada e tudo ao mesmo tempo, cozinhar um bolo de chocolate ou andar descalço pelas ruas da minha terra, ver um filme no cinema ou apenas o mar, ficar todo o dia na cama ou ajudar quem precisa de ajuda, brincar com crianças ou conversar com outras pessoas, começar a escrever um livro ou escutar música ou ficar em silêncio, nadar ou surfar, viver ou morrer. Quando não sei o que vou fazer amanhã, posso imaginar, e quando imagino, sorrio. E é a sorrir que tudo me dá sempre mais prazer de ser feito
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