«Estes textos são apenas ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.»

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

O REENCONTRO COM SOPHIA



Ontem fui até à minha praia.

Tinha saudades do meu mar.

Afinal escrever também cansa.

Precisava de desanuviar.

Fui pela manhãzinha para sentir o fresquinho do meu mar.

Atravessei o "Paredão" sozinho.

Sempre olhando para o mar.

Quando estou pertinho da minha praia até a minha alma se transfigura.

Como não podia deixar fui à minha capela

A de "Santo António" que fica no cimo da avenida.

Lá dentro falei com quem estava pregado na cruz.

Momentos muito meus.

Momentos que a minha boca sente o amargo das minhas lágrimas.

Quando me despedi de com quem estive a falar ouvi bem dentro de mim estas palavras:

"Prepara-te para uma supresa"

A minha voz interior sempre me avisou com antecedência do que me vai acontecer.

Nisto, penso ser um privilegiado.

Entrei pela ruela que fica mais abaixo da capela.

A que nos leva ao "Ascensor"

Como gosto desta "ruazinha".

Guarda tanto de mim.

Ilumina-me o caminho quando nas noites escuras caminho para a areia do meu mar.

Guarda segredos meus e dos meus.

Até dos meus grandes amores.

Gostava de morrer na minha ruela abraçado pelo meu amor.

Já a noite caminhava para o fim quando me vinha embora.

Sempre pela minha ruazinha.

Na escuridão da mesma um vulto na minha direcção.

De cabeça para baixo não vi quem era e como era.

Apenas pelo calçado reconheci ser mulher.





Ui...

Conheço este perfume e estes passos


Olhei para traz e sem ter qualquer certeza de quem ali ia, disse em voz alta.

SOPHIA???????????????

Voltou-se para mim e

ANTÓNIO???????????

Corremos um para o outro.

Meu Deus como nos abraçamos.

E nos beijamos.

E se  choramos...

Que andas aqui a fazer a estas horas?

"À tua procura.

Sabia que te ia encontrar".

Já  a algum  tempo que não sabíamos um do outro.

A Sophia é o meu GRANDE AMOR.

Só que, por uns tempos "fugiu" de mim.

E, perdemo-nos ou... desencontramo-nos.

Ou fingimos que andámos perdidos.

Voltamos para de onde tinha vindo SOPHIA,

No fim da "ruelazinha" está a casa do meu Grande Amor

Que em tempo foi o nosso "ninho".

Falamos, falamos...

E fomos para a cama.

"Amor meu...que saudades tinha de ti.

Já não te quero perder.

Que nunca mais o mundo nos separe.

Vamos fazer amor, daquele que tanto gostamos"´

Está escrito nas estrelas que vamos acabar as nossas vidas juntos, disse-lhe.

Riu-se e beijou-me como só ela sabe beijar-me

Gosto de sentir a boca da SOPHIA na minha porque sempre que me beija o seu corpo contorce-se e faz-se pequenino.

Hoje pela manhã regressei ao meu casario.

Em cima do banco do meu carro estava um ramo de Jasmim.

Quem lá o meteu se a SOPHIA esteve sempre comigo?

A foto da menina é de Jean Dieuzaide e apenas para ilustrar o texto

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