«Estes textos são apenas ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.»

quinta-feira, 6 de maio de 2021

EU E A TOMY, a Tomy e eu



Nascemos e crescemos na mesma rua.

Somos mais ou menos da mesma idade.

Andamos na escola juntos.

Estudamos juntos.

Crescemos juntos.

Os dois tivemos uma paixão.

Namorámos os dois.

Estivemos em vias de casarmos.

A TOMY sempre foi a “miúda” mais linda da minha rua, da escola e até no Liceu.

Sempre tive um fraquinho por ela.

Ela também teve por mim.

Mas na hora da verdade escolheu outra pessoa para com ele fazer vida.

Dele teve  filhos.

Eu escolhi outra pessoa para com ela fazer vida.

Dela tive filhos.

A TOMY seguiu o caminho dela.

Eu o meu.

Mas nunca deixamos de andar juntos no pensamento.

Sempre existiu a tal “pontinha” de amor entre nós dois.

Hoje sei  que:

A vida da TOMY não foi a vida que queria nem o seu “amor” foi o amor que sempre julgou  fazê-la feliz.

Ela sabe que:

A minha vida não foi a vida que eu queria nem o meu “amor”  me soube fazer feliz.

Sou um homem livre,

A TOMY não é.

Mas vai ser brevemente.

Escondidos pelas “paredes de entre-meio” vamos falando de nós e do nosso passado.

E vamos falando do nosso futuro.

Iremos viver para a mesma rua em que nascemos.

Nas outras ruas e ruelas ficarão as nossas memórias.

Entre nós dois existe um grande amor.

Eu gosto  da TOMY.

A TOMY gosta de mim.

Vamos ser felizes.

Mas nunca casaremos para que possamos namorar o resto da nossa vida.

Sempre gostei dos olhos cor de avelã da TOMY

A TOMY  sempre gostou dos meus olhos cor de avelã.

Simplesmente amamo-nos um ao outro.

Não há dia em que não percamos horas a falar um com o outro.

Outros há que nos vemos e até nos desejamos.

Amar é isto.

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