Praticamente no início do décimo quarto dia do sétimo mês de um ano do longínquo século que já terminou vai quase para vinte e dois anos.
Era uma hora da manhã.
Uma noite de muito calor.
Era Sábado.
Na manhã deste reinava a alegria na casa de meus pais.
Tinha nascido quem tão foi desejado.
DISSERAM-ME HOJE que segundo a lenda de então,
Meu pai, um eterno apaixonado pela minha mãe, de tão feliz estar por o seu Grande Amor lhe ter dado o fruto que tão desejava e depois de me ter segurado e beijado, bem de madrugada, partiu em debandada para sitio desconhecido em busca de algo que só ele sabia.
Em casa ficaram algumas pessoas mais chegadas da família.
Quando o meu pai regressou ainda o Sol não tinha nascido mas as pessoas amigas da família continuavam na casa de meus pais em conversa uns com os outros.
Trazia na mão, para oferecer à minha mãe as Violetas mais lindas do mundo.
Diz a lenda que, quando estava a dar o ramo à sua amada caiu uma folha em cima da minha cara.
Talvez daqui a razão porque gosto tanto de violetas.
Quando hoje a senhora J… me contou pessoalmente esta lenda, choramos os dois agarrados um ao outro.
Quanto nos despedimos, disse-me:
“Quanto a tua mãe foi sepultada, meti, sem ninguém ver, um ramo de violetas em cima da terra.”
Beijei-a na testa como sinal de gratidão pelo que fez na sepultura da minha mãe.
A SUA TESTA CHEIRAVA A VIOLETAS.
Sem comentários:
Enviar um comentário