Há pessoas que se tornam especiais, mesmo quando sabemos que essa não é a melhor ideia. Por mais fortes que os sentimentos que nutrimos por elas, às vezes as coisas simplesmente não resultam.
Às vezes o tempo não é o certo, as circunstância são erradas, as vossas vidas estão em fases diferentes e não se vê maneira possível de poder equilibrar as coisas.
Por muito especial que essa pessoa seja, o tempo passa. Mas os sentimentos ficam e ambos insistem em esconder algo que eles sabem que só vai causar mais problemas se estiver a céu aberto. E vocês esperam que um dia as vida dê uma volta, as circunstâncias mudem e possam finalmente ficar juntos.
O tempo passa, mas a esperança fica.
O que vocês não se apercebem é que apesar do tempo manter as coisas inalteráveis aos vossos olhos, o mesmo não acontece com a outra pessoa. A vida avança e a outra pessoa avança com ela.
Até que um dia, numa visão enublada que parece quase irreal, vocês vêm a outra dar o passo definitivo, de mão dada com outro alguém a desaparecer nessa mesma nébula.
Como é que reage a um inesperado pontapé no estômago? Como é que anda em frente quando se passou tanto tempo a tentar equilibrarmo-nos no mesmo lugar?
O que acontece depois de reconhecermos o som do coração a partir-se em dois?
«Amanhecer em Paris»
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