Estes dias cinzentos e frios fazem-me nostalgia
Fazem com que me vá sentar no sofá e meter-me debaixo da “colchazinha” como alguém gostava de me dizer e aconselhar.
Amores!...
São estes dias e estes momentos que mexem em mim
Lembro dos meus amores e das minhas paixões
Dos amores que me amaram perdidamente
Das paixões que me deixaram marcas
Marcas profundas que quando mexo nelas ainda me doem
Nunca procurei amores perdidos ou mulheres solitárias.
Mas quer uns quer outras sempre vieram ao meu encontro.
Porquê?
Não sei!
Houve mulheres, algumas que amei profundamente, que diziam:
“Esses teus olhos…”
Castanhos, adiantava eu
Nasci assim e gosto de ser assim
Hoje o Céu tem estado cinzento escuro e o dia frio
Não me apetece sair de casa
Estou no sofá debaixo do rectângulo de algodão que me aquece.
Desci os estores
Encostei as cortinas
Apenas entra uma pontinha de claridade
Não quero ver TV
Apenas ouvir musica linda
Música que mexe em mim.
Ali num cantinho um pequeno candeeiro para iluminar a parede que lhe fica acima.
Uma parede que tem o “NÚ” da mulher que mais amei na minha vida.
Uma mulher que me deu o melhor do mundo
Que me ensinou a ser um homem
Que sempre quis que eu tivesse o melhor do mundo
Que gostava de ter os melhores prazeres da vida junto de mim.
“AMO-TE TANTO AMOR QUE DARIA A VIDA POR TI”
E deu!.
Morreu nos meus braços clamando por quem a segurava.
“Não me deixes morrer…”
Eram lindos os seus olhos.
Enquanto o corpo desfalecia nos meus braços os seus olhos tinham um brilho esquisito ao olhar para mim.
Antes de fechar os olhos pela última vez e com os lábios secos disse-me:
“AMAR-TE EI SEMPRE.
OLHAREI POR TI LÁ EM CIMA”.
Não tenho dúvida alguma que olha por mim lá no Céu
Às vezes tenho a sensação que a meio da noite se deita a meu lado porque acordo com o cheiro do seu perfume.
Estou no sofá debaixo do rectângulo de algodão que me aquece
Na “colchazinha” que nos abafava nas tardes como as de hoje, sentada e encostadinha a mim, às vezes dizia-me:
“Vou-me deitar e meter a minha cabeça em cima das tuas pernas
Depois…
Mete a tua mão no meio das minhas pernas.
Acaricia-me…
Devagarinho…
Agora mais depressa…
Mais não…
Mete-te de joelhos e passa com a língua pelas minhas maminhas…
Eu faço o resto com a minha mão…”
Hoje quando olhei para o quadro com a mulher que mais amei na minha vida lembrei-me destes momentos.
Chorei.
Continuo a chorar.
A chorar por um grande amor que tive
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