«Estes textos são apenas ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.»

domingo, 6 de setembro de 2020

O CÉU NÃO TINHA NÚVENS



Mas tínhamos areia por todos os lados.
Na nossa frente as dunas.
Um pouco mais distante, o nosso mar.
Ainda mal tinhamos estendido as toalhas e já tu me sussuravas:

"Antes de irmos ao banho quero ir para o meio das dunas fazer amor.
Estou faminta de te ter em mim..."
Foi nestas dunas que fizemos amor pela primeira vez.
Foi aqui que me entreguei pela primeira vez.
Dei-te o meu melhor.
Mas o teu melhor é meu.
Quando formos para o mar levo o teu cheiro e lavo-me com ele...
Porque nos apaixonamos um pelo outro e porque nos amamos tanto?
Não sei!
Apenas sei que te amo" disseste-me tu.

É verdade!
O nosso amor nasceu no meio das dunas e na lua cheia.

"Se fizermos amor na areia das dunas não ficamos com areia?"
Respondi-te:
Vamos experimentar...



Ainda a semana passada sentámo-nos no terraço da nossa casa para contemplarmos a lua cheia.
Depois deitamo-nos de costas no terraço e fechamos os olhos para vermos os rostos um do outro.

Continuamos duas crianças.

Tão bom amarmo-nos como nos amamos.
Tudo em nós é puro.
Se dissessemos a alguém que adoramos caminhar pela madrugada  na areia molhada da nossa praia a comer pevides chamavam-nos loucos ou crianças.
Gostamos de ser crianças.
Quando não estás junta de mim e penso em ti a minha face fica molhada por ser feliz e por saber o quanto me amas.
Mas...
Nunca saberás o quanto te amo!
Para lá  do Céu.

Sem comentários:

Enviar um comentário