PORQUE MERECES O MELHOR DO MUNDO
Eu e a Sophia conhecemo-nos vai para muitas luas mas nunca fomos, digamos: pessoas muito “chegadas.”
Um dia destes a Sophia disse-me:
“Todos os dias quando me levanto vou ler as ‘palavras bonitas’ que escreves. Algumas fazem-me chorar.”
Fiquei feliz de saber que gosta de ler o que escrevo mas “palavras bonitas” é a opinião dela.
Respeito-a e pronto.
A semana passada enviou-me, via Facebook algumas fotografias de quando era jovem.
UIII…
LINDA DE MORRER.
Aquela mulher que todos os homens gostariam de a ter como namorada, mulher, amante, companheira, conhecida, amiga, sei lá que mais…
Por razões que nem eu sei explicar tornamo-nos amigos (virtuais) há um tempo a esta parte.
Já me contou toda a sua vida.
Uma vida de sofrimento, de humilhação e de desprezo, de dor, de amargura, de dificuldades ao ponto de ser às vezes rejeitada por quem a devia respeitar, começando pelo marido e acabando nos filhos.
De mim não sabe nada nem quer saber e muito menos dá indícios de querer saber alguma coisa.
Apenas me pede:
“Escreve palavras bonitas todos os dias”
Já me pediu também:
“Escreve qualquer coisa para mim, mas apenas para mim”
Disse-lhe que não tenho jeito para “dedicações.”
Escrevo (não palavras bonitas como diz mas apenas palavras) porque gosto de escrever.
Numa noite desta semana aconteceu-me um imprevisto e precisei de pedir ajuda.
Não pedi à Sophia porque não a conheço pessoalmente mas via telemóvel/Redes Sociais lancei um “SOS” para me ajudarem porque estava “encalhado” algures nos confins do mundo.
Mal lancei o pedido passado poucos minutos “estava este mundo e outro meio mundo ” junto de mim para me ajudar.
Alguns nem se conheciam uns aos outros.
Trouxeram-me de volta ao meu Castelo.
Só faltou trazerem-me ao colo.
Das mulheres que faziam parte das “ajudas” mimaram-me como se uma criança fosse.
Nunca me senti tão amado.
Nem o meu GRANDE AMOR me “mimou” assim.
Destas, uma até me trouxe “meia dúzia de Bolas de Berlim” porque estando eu perdido num “outro mundo” deveria ter fome.
Antes de me despedir desta gente boa perguntei-lhes mais ou menos assim:
“MAS QUEM SÃO VOCÊS E COMO SOUBERAM O QUE ME ESTAVA A ACONTECER PARA ME APARECEREM TÃO DEPRESSA?”
Como estivessem todos combinados responderem ao mesmo tempo.
“FOI A SOPHIA QUE NOS PEDIU PARA VIR AJUDÁ-LO…”
As lágrimas caíram pela minha face.
A Sophia que nunca a vi “mais gorda ou mais magra”;
Que nunca me pediu nada em troca das palavras que às vezes escrevo dirigidas para ela;
Que já me contou toda a vida dela;
Que já me disse que o seu grande sonho é andar a cavalgar numa noite de luar na Praia de São Martinho do Porto;
Que ama a minha praia como eu amo;
Que me pede constantemente que lhe conte como foi a minha Travessia no Deserto;
Que tem uns ciúmes enormes da minha amiga Judite porque só falo nela e nunca em quem me ajudou no momento certo (como se uma amiga verdadeira seja igual a uma virtual);
Que dela apenas sei o “inferno” em que vive como a trapalhada da vida que faz parte da sua Vida;
Mas foi esta “Sophia” que me ajudou por via de terceiros (mas a seu pedido) num dos piores momentos da minha vida.
É esta Sophia que me segue no que escrevo;
Que gostava que a sua Alma dançasse com a minha quando estou no Terraço do meu Castelo (e tem ciúmes da Esperanta);
Que sabe que nunca haverá qualquer intimidade entre nós dois;
Que sabe que nunca trocarei quem mais amo neste mundo POR NADA DESTE MUNDO;
Que adora escrever no Chat da minha página receitas para eu ser um “bom cozinheiro” e dar “comer bom” a quem amo;
Que tem uma sensibilidade tremenda;
Que quando lê os meus devaneios sabe logo se estou triste ou alegre;
Que me sabe consolar quando a minha ALMA ESTÁ TRISTE;
Que gosta de saber que musica ouço no silêncio da noite;
Que consegue chorar sem deitar lágrimas;
Que com a sua inteligência entende os recados que deixo escondidos no meio das palavras;
Que quando se levanta vai logo em busca das minhas palavras;
Que me conhece por dentro e por fora sem nunca me ter visto e…para espanto meu: não tem qualquer “interesse em ver-me” mas apenas “ler-me até nas madrugadas das noites em que não consegue dormir.”
SOPHIA, não tenho jeito para “DEDICAÇÕES” mas dedico-te estas palavras porque és uma mulher espectacular e com um coração do tamanho do mundo, mas acima de tudo:
Eras LINDA DE MORRER quando eras nova, como eu fui.
Foi esta Sophia que um dia me disse (nas redes sociais) que gostava de ser VENTO para seguir os meus passos, para me cheirar…
NEM SEMPRE OS CAMINHOS SE CRUZAM.
Sei que não é isto que querias mas sei que vais gostar porque gostas de ler aquilo que escrevo e de decifrar o que escondi no meio destas palavras.
Se um dia voltasse a amar serias o MEU GRANDE AMOR
O MELHOR DO MUNDO PARA TI.
Gosto de ti SOPHIA
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