A tarde estava a escurecer quando me bateram à porta.
Era a ‘Pinquenta’.
Estava linda de morrer.
Quando a vejo assim,
Hummm…
Ainda pensei para comigo se hoje era algum dia especial ou se me
esqueci de alguma data.
“Anda!.
Hoje vamos jantar juntos.
Tenho saudades de jantar contigo”
Tenho que me arranjar, disse-lhe.
“Nem penses.
Gosto de ti assim todo desfraldado para te mexer à vontade
É assim que gosto de ti.
Estás em forma!…”
Tive que me rir.
Percebi a mensagem.
Só tive tempo de fechar a porta porque o carro estava ligado e em
cima do passeio para além de estar a impedir a circulação.
O condutor do carro que estava atrás do nosso olhou de soslaio
para o corpo da ‘Piquenta’ como quem lhe estava a "tirar as medidas…”
Quando arrancou disse-lhe que na nossa rectaguarda vinha um seu
admirador.
Riu-se e…
“Hoje vou-te devorar meu garanhão…”
Mas para onde me levas, neste estado?
Ainda vão pensar que sou teu “cocheiro”.
“Adoro-te quando cheiras a cavalo…”
Jantámos aqui bem perto.
Sentados de frente, quando dei por isso, uma das suas pernas já
estava no meio das minhas e em repouso na
base da cadeira em que estava sentado.
Sossega…
Olha que alguém pode ver.
A emenda foi pior que o soneto.
Por causa do seu enorme decote a minha alma estava a arder.
Ela sabia e começou a provocar-me de propósito.
Gosto da ‘Pinquenta’ assim.
Provocadora e linda,
Mas linda de morrer.
Amo-te ‘Pinquenta’
“Quando acabarmos de jantar vamos para a minha casa na Nazaré.
Quero cavalgar no teu corpo,
Quero dar cabo de ti na cama.
Hoje vou-te comer todo…”
Já esperava este final.
Quando íamos a entrar para o carro.
“Olha para o Céu e vê bem a Lua
Está quase (lua) cheia.
Quando está assim fico aluada de todo”
Bora dai Amor Meu.
Adoro que sejas minha para eu ser teu.
Sem comentários:
Enviar um comentário