Abraçaste-me com tanta força que receei que estivesses a sentires-te mal.
Enquanto me apertavas, dizias:
"Tenho tanto medo do barulho das trovoadas...
Leva-me ali para dentro da barraca dos pescadores".
Levei-te.
Ficaste mais calma!
Começou a chover.
Tanto que parecia que o Céu estava a desabar em cima da barraca.
Aconcheguei-me a ti para te proteger da chuva e do barulho dos relâmpagos.
O barulho do vento e o zumbido do abanar dos choupos que estavam perto da barraca assustavam-te.
Encaixaste o teu corpo no meu de uma forma estranha.
Como se estivesses em mim.
Meu Deus!...
O teu perfume entrou em mim.
Como cheiravas bem!
Sentiste-te protegida por mim.
"Abraça-me com força que estou com tanto medo e começo a ter frio".
Abracei-te como nunca tinha abraçado um mulher.
Senti o esvoaçar dos teus cabelos na minha cara.
Acariciei-te para sentires que não estavas só.
"Deixa-me encostar às tábuas para me sentar ao teu colo.
Quero fazer amor aqui contigo".
Que loucura!
Quanto chegou o momento do teu orgasmo e de tanta ansiedade que tinhas de fazer amor comigo ou por causa da força que estávamos a fazer algumas tábuas, de tão velhas estarem, partiram-se e... fomos cair debaixo da barraca.
Não nos magoamos no meio deste "imprevisto" mas ficamos todos encharcados de terra molhada.
Com a chuva a cair no teu corpo parecias "não sei o quê".
Toda a tua cara era 'lama'
A terra molhada escorria-te pela cara.
Só via o branco dos teus olhos.
Levei-te ao meu colo para dentro da barraca.
Sorrias para mim e...
"ainda sentes o cheiro do meu perfume?" perguntaste-me tu.
Rimo-nos como duas almas desalmadas.
Quando o Vento deixou de assoprar e o escuro desapareceu do Céu viemos-nos embora.
Já era madrugada.
Pelo caminho:
"Dói-me uma mama, talvez por teres caído em cima de mim".
Tiraste-a para fora da camisa e...
"Beija-a!"
Parei o carro e beijei-te.
"Hummmm, amo-te tanto, mas tanto..."
Também te amo.
E MUITO
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