«Estes textos são apenas ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.»

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

QUANDO ME ANINHEI NA ALDEIA DO CANDAL



Gosto dos dias de chuva como hoje porque me fazem sentir aquilo que gosto de sentir, a nostalgia
Foi num dia de chuva que subi a serra
Quando a desci fui até Candal
Esta aldeia de Xisto tem muitos pedaços de mim
Foi aqui que conheci quem me emprestaria por "umas semanitas"  a sua casinha para me servir de "porto de abrigo" para depois, fora dele, deambular pela serra em busca daquilo que precisava
Quando entrei, disse-me logo:
"Quando vieres lá do cimo aninha-te aqui junto da lareira que todos os dias estará acesa para te aquecer e à tua alma também..."
A minha "Senhoria" que se tornaria uma grande amiga e minha confidente não queria que me faltasse nada
Foi ela que me disse:
"Fazer amor junto da lareira é a melhor coisa do mundo...
Experimenta e depois diz-me."
Não foi preciso dizer-lhe


A ela lhe devo tudo o que me ensinou quanto ao "jogo das palavras"
A ela lhe devo tudo quanto me deu
Foi ela que me deu a conhecer o melhor das  ruas e ruelas da cidade do Mondego
Foi com ela que aprendi a ouvir e falar com a natureza
Soube à pouco tempo que uma amiga minha adora passar  fins de semana na Aldeia do Talasnal
Uma aldeia onde reina a natureza
Um dia peço-lhe que me traga um pouco de mel  e  rosmaninho da serra para perfumar a minha casa
Que me traga também alguns pedaços dos meus pedaços.
Tenho saudades de me aninhar junto do quentinho.

Sem comentários:

Enviar um comentário