«Estes textos são apenas ficção, qualquer semelhança com nomes, pessoas, factos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.»

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

"VEM COMIGO" disse-me a Célia





A minha vizinha, três portas acima, à bocado bateu-me à porta e disse-me:
"Vem comigo!"
Onde? Perguntei-lhe
"Entra no carro e cala-te"
Entrei e calei-me
Nunca se diz que não a quem tem uns olhos lindos
Levou-me a um casario que tem no Casal Cambique
Quando entramos, pasmei:
A "casota" como lhe chama  não é uma 'casota' é um 'palacete'
Não estava ninguem
Mas senti logo o aroma do café que tanto gosto
"Senta-te ali..."
Serviu-me um 'café das velhas' com uma prato cheio de velhoses de abóbora
Ainda estive para lhe dizer:
"Velhoses agora no Verão?"
Bem...
Estavam uma delicia
E o 'café das velhas' nem lhes digo
Servido numa "caneca mais velha do que não sei o quê"
Sublime
Tudo feito à poucas horas pela minha amiga Célia
Beber um 'café das velhas' e sentir o aroma deste no interior da casa  fez-me voltar à minha infância, quando a minha mãe fazia deste café
Porque nem todas as tardes são tardes
A Célia veio-me trazer a casa
Quando nos despedimos   deu-me uma 'tablet' de chocolate com avelã (das que gosto) porque a Célia conhece-me por dentro e por fora e sabe mais do que ninguém os meus gostos
"É para te lambujares"
Adoro-te Célia

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