Vem devagarinho pela “Estrada do Campo”.
Tem cuidado a conduzir porque estás habituada a andar em Lisboa onde só há carros e outras coisas mais enquanto nesta estrada só há tractores.
Dentro da mala que vamos levar para o “Oceano”, o da Marginal, levo os “amores perfeitos” que pediste.
Traz aquela “camisa da noite” que eu tanto gosto.
Sim, aquela que tem o trevo na frente.
Esta noite vou-te levar ao restaurante do “Caetano” que fica lá em cima.
Já falei com o Caetano.
Disse-me que o “nosso peixe” foi comprado hoje na lota ao “barco da Joana”.
Meia hora antes de chegarmos vai para a grelha.
Traz o teu carro, o azul, porque é o mais bonito.
Gosto dele porque o banco de trás é espaçoso, o que nos permite, quando a madrugada começar a dar sinais de cansaço, de nele nos podermos deitar um pouco, se te apetecer.
Por mim quando a ultima estrela desaparecer gostava de já estar no “nosso quarto” para dormirmos um pouco.
Amanhã, a meio da tarde, vamos passear um pouco pela “costa”.
Vamos acabar a noite a jantar na “Foz” naquele restaurante que fica lá no cimo, o do “Barros”.
Já está tudo combinado com ele.
Dispensou-nos o tal “reservado”.
Este pequeno espaço vai ser só para nós.
E como é “só nosso” daqui a pouco quando vieres não te esqueças de trazer aquele teu vestido amarelo o que tem aquele decote que tanto gosto e o teu perfume.
Sabes que o “vestido amarelo” fica-te bem porque és morena e ainda estás “queimada” das férias que tiveste no Brasil.
Quanto ao domingo, temos que combinar.
Não é no domingo que chega a tua princesa?
Vem com cuidado.
Estou à tua espera na “Rotunda” que fica na entrada da estrada que vais saír.
Nota: Pedi o quarto do lado direito, no último piso, porque ninguém consegue ouvir o que possamos fazer e dizer durante a noite.
«acMMXXII»