Descia eu, vindo da capela de Santo António.
Subias tu a caminho da mesma capela.
Trazias um lindo cachecol de caxemira.
Gostei de ver os teus olhos verdes.
As nossas vidas iriam mudar para sempre.
E mudaram “Per Ti”.
Como nos amamos.
Corremos o mundo como loucos, como o mundo acabasse amanhã.
Caminhamos pelo deserto nos camelos que o então intitulado “califa” nos deu para que fizéssemos amor nas areias quentes.
Fomos amigos, namorados, amantes e construímos uma vida para nós dois.
O nosso amor foi de uma paixão tremenda.
Fui o teu “Amor Secreto” e tu o meu “Grande Amor”.
Hoje continuamos dois enamorados.
Só tu me sabes amar como nunca fui amado.
Quando subimos esta ladeira, tão calcorreada por nós, repetes sempre as mesmas palavras
“ABRAÇA-ME E BEIJA-ME O PESCOÇO”.
Foi numa ruela que confronta com a “nossa rua” que nasceu o nosso grande amor.
Continuo a amar-te perdidamente.